segunda-feira, 22 de agosto de 2011

8 alimentos esquisitos ao redor do mundo


Entendemos que alimentação é algo cultural. Algumas comidas que consideramos asquerosas podem ser completamente normais em outras culturas. Mas isso não nos impede de fazer cara feia para algumas iguarias, não é? Nesta lista, seguem alguns pratos que, para nós da SUPER, são difíceis de engolir. Você conhece outros?
Baratas, aranhas, escorpiões, grilos, formigas, bichos da seda e outros artrópodes
No sudeste asiático, todos esses artrópodes são vendidos nas ruas em barracas de espetinhos, como esta da foto, na Tailândia. Alguns desses bichinhos cheios de patas também aparecem no cardápio de outros países, como na Colômbia (eles comem tanajuras fritas – já provei, tem gosto de cravo e é crocante). Esse costume pode chegar por aqui mais rápido do que você pensa, já que o Brasil estuda incluir insetos na dieta básica do povo para combater o aquecimento global. Se você já torceu o nariz, então prepare-se para os próximos pratos.
Língua de pato
(imagem: Chichi Wang/Serious Eats)
E você achava que pato não tinha lingua! Não só tem, como ela serve de alimento para os mais corajosos. Fritinha ou ensopada, ela pode ser consumida na China, em Taiwan e também em restaurantes orientais ao redor do mundo
Porquinho da índia
Sim, você pode comer o bichinho de estimação da sua irmã – e alegar que é uma tradição inca. Na Bolívia, Peru e Equador, especialmente na região andina, porquinho da índia assado (localmente chamado de “cuy”) é parte importante da dieta. Ainda que seja até gostoso (já provei), é muito chato ver o porco inteiro assado no seu prato, além de ser um bichinho muito cheio de ossos e com pouca carne.
Cérebro de porco
Apesar de ser nojeeeeeeeeeeenta bem esquisita, a iguaria pode ser encontrada até em versões enlatadas com creme de leite em alguns países. No rótulo da comidinha está escrito que a porção possui 1.170% da quantidade diária de colesterol recomendada para uma dieta de 2.000 Kcal. O ataque de coração mandou um abraço.
Queijo de verme (casu marzu)
Queijo tradicional na Sardenha, Itália, feito com leite de ovelha e larvas vivas de mosca-do-queijo, responsáveis pela sua decomposição. É isso aí. Você abre o queijo, faz aquela cara de “delícia” e pode espanar a larva pra fora do prato ou não – dá para mandar ela pra dentro junto com o laticínio. O governo italiano proibiu a iguaria por questões sanitárias (oi, o queijo está podre!), mas ainda é possível encontrá-lo no mercado negro dos queijos.
Placenta de veado
Na China, mais especificamente em Xangai, você pode pedir a apetitosa (???) sopa de placenta de veado, preparada com cogumelos, flores, galinha preta e, é claro, placenta de veado. Quem já experimentou diz que a sopa é até boa, mas a placenta é meio difícil de mastigar.
Ovo fecundado com um embrião de pato ou galinha
O “balut”, como é chamado no sudoeste da Ásia (sempre a Ásia…), é considerado uma iguaria nutritiva e afrodisíaca. Em países como Indonésia, ele é vendido na rua, assim, sem pudores. É servido cozido, com casca e tudo ou já descascado em um prato. Ovo cozido até vai, mas feto, com ossos, um proto-bico e peninhas nascendo e tudo… Você encara?
Sannakji – polvo vivo
Nakji, o pequeno polvo nativo dos mares da Coreia, é servido vivo, inteiro ou cortado em pedacinhos, temperado com gergelim e óleo de gergelim. As ventosas do nakji continuam ativas e podem – atenção – fazer engasgar aquele que se atreve a comê-lo. Por isso, se algum coreano te oferecer um prato de polvo vivo, mastigue bem, para evitar que ele grude na sua língua ou na sua garganta.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Refeições liofilizadas Liofoods

Antes dos modos de preparo vamos esclarecer o que são as refeições liofilizadas.
Diferente da desidratação, que aquece o alimento e faz com que a água evapore, na liofilização, o produto é congelado abaixo de -30°C, e submetido a uma pressão muito baixa (alto vácuo), fazendo com que a água dos alimentos que foi transformada em gelo passe diretamente do estado sólido para o gasoso, sem destruir as propriedades nutritivas que seriam destruídas na evaporação.
Os alimentos têm suas propriedades originais mantidas – forma, cor, aroma e sabor – e quando conservados adequadamente, mesmo à temperatura ambiente, resistem intactos por muitos anos. Além disso os alimentos dispensam adição de conservantes e ao se retirar a água o peso é bastante reduzido.
Para hidratá-la é necessário apenas água, quente ou fria. Uma ótima opção para trekking e montanhismo!
Nos vídeos a seguir utilizamos as refeições da marca Liofoods e foram preparadas de três modos diferentes. Assistam e escolham o que acharem mais prático e apetitoso!
Quer uma sobremesa rápida para o seu jantar de camping ou montanha? Ou um docinho para aquela hora que bate a vontade de beliscar alguma coisa?

Esse quindim é o ideal para esses momentos. Vem numa embalagem plástica individual, coberto por um papel laminado grosso e pesa apenas 38g. Ótimo para carregar na mochila e muito gostoso.
Eu não sou muito fã de quindim, só de olhar acho que todos devem ter gosto de gemas e isso não me dá vontade nem de experimentar. Mas ao abrir essa embalagem senti um cheirinho de coco, que me lembrava queijadinha. Resolvi fechar os olhos e experimentar… me surpreendi. Uma sobremesa bem docinha e com bastante gosto de coco, perfeito para pessoas que também são apelidadas de formigas.
Aqui na minha cidade encontrei numa padaria, por R$ 3,90. Achei o preço um pouco salgado, pelo tamanho do doce, mas depois de experimentá-lo vi que valeu a pena.

Com certeza vai entrar na minha mochila nas próximas trips!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Coração de galinha...

Só para lembrar, nosso costume de comer coração de galinha é bem estranho para os gringos também!!!

http://www.youtube.com/watch?v=uFoG_bkELgo

Fugu

Prato da culinária japonesa, fugu é nada mais que carne de baiacu servida geralmente como sashimi. O problema do fugu é que a espécie de baiacu utilizada tem em suas vísceras uma substância chamada tetrodotoxina (TTX), que é um veneno potente resistente ao cozimento. Em 50-80% dos casos de envenenamento, mata em 24h. Não existe antídoto.
fugu1
“Com tantos outros peixes sem veneno, não era mais fácil vocês humanos me deixarem em paz?”
Várias curiosidades envolvem o fugu:
• É o único prato que o Imperador do Japão é proibido de comer, devido aos riscos associados.
• A criação de baiacus livres da toxina existe no Japão, isto porque acredita-se que o baiacu não a produz, e sim a adquire através da ingestão de organismos que contenham bactérias que produzem o veneno. Assim, com cuidados especiais, criam-se peixes sem veneno. Ninguém foi envenenado por comer esses peixes especiais.
• Desde 1958, é necessária uma licença especial para preparar o fugu. O curso dura 2 a 3 anos, e existe um exame, no qual apenas 30% dos candidatos são aprovados. E não, eles não são reprovados por matar alguém, apenas por erros no procedimento.
• O sashimi do fugu é preparado num arranjo em forma de crisântemo – símbolo da morte no Japão. Por que será?
• Entre 1996 e 2006, ocorreram em média 30 envenenamentos por fugu no Japão, a maioria entre pescadores que comeram o fruto de seu trabalho.

Camarões bêbados

Tradição chinesa que consiste em comer os bichos vivos. Porém, o camarão costuma reagir se você tentar segurá-lo. A solução chinesa é engenhosa: deixa-se o bicho de molho em bebida alcoólica para que fique literalmente bêbado, e então possa ser mais facilmente comido sem resistência.
Um americano que estava em Xangai relatou a experiência da seguinte forma: “Tentei abrir o pote onde estavam os bichos e pegar um, e o garçom me repreendeu. Disse que ainda era cedo, que deveria deixar mais tempo de molho, para que o álcool fizesse o efeito esperado”.
Lei seca passa longe.

Balut

Balut é o nome nas Filipinas para esta iguaria muito comum no Sudeste Asiático, que consiste de ovos de pato. Até aí nada demais, certo?
Porém, trata-se de um ovo com o embrião em pleno desenvolvimento, que é cozido e comido “na casca”. É vendido na rua e tão tradicional, que a produção mecanizada nas Filipinas foi banida.
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Praticamente um feto comido vivo.

Kopi Luwak

Nada mais é que um singelo cafezinho. Muito popular na Indonésia.
O curioso é o processo de preparação da bebida. As sementes do café são primeiro ingeridas por uma civeta (um bicho parecido com um guaxinim) e coleta-se os grãos que saem nas fezes do animal. Os grãos são limpos e, após o processamento, a bebida é preparada.
Vai encarar?
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Cocô da civeta com os grãos de um dos cafés mais exóticos do mundo.

Sannakji

Prato coreano simples: uma espécie de polvo. Vivo.
Como os tentáculos possuem ventosas, há o risco de se fixarem à boca ou à garganta de quem os come, matando por asfixia. Recomenda-se mastigar exaustivamente, para que os pedaços não sejam grandes o suficiente para obstruir a garganta.
Algumas pessoas simplesmente adoram a sensação dos tentáculos se mexendo na garganta, e preferem engoli-los mais inteiros. Esporte radical, pelo visto.

Durian

Os hábitos alimentares do sudeste asiático são “campeões”. Mais uma vindo de lá. Durian é uma fruta muito comum na região, chamada de “rei dos frutos” pelos locais. Consiste numa espécie de maxixe gigante, com uma polpa carnuda e… fedorenta.
O odor marcante do durian divide as pessoas. Alguns o acham maravilhoso. Mas a maioria o descreve como comparável a cebolas podres, meias usadas, cocô de porco, vômito e afins.
Para ter uma noção do cheiro, veja o teste no vídeo abaixo:
Curiosidades:
• O teatro Esplanada, em Cingapura, é em formato de durian.
• O cheiro do durian é tão forte e empesteia tanto, que a fruta é proibida em determinados locais públicos de Cingapura, como em hotéis e no metrô:
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Placa no metrô de Cingapura
• Durians podem causar acidentes, pois caem do alto das árvores e possuem espinhos.
• Orangotangos, tigres, elefantes, porcos e esquilos adoram durians.

Cérebros de porco

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Mais uma iguaria asiática. A imagem fala por si. Mas pelo menos são cozidos.

Hakarl

Mudando um pouco de continente, estamos agora na Islândia. Hakarl, ou Kaestur Hakarl, significa tubarão fermentado.
Trata-se de uma espécie local de tubarão cuja carne é venenosa se consumida de imediato, porém, após um processo especifico, torna-se viável o consumo.
Tal processo consiste em cortar a cabeça, retirar as vísceras do tubarão e deixá-lo enterrado em areia, prensado com pedras (para drenar fluidos), fermentando por 6 a 12 semanas. A carne é então cortada em pedaços e deixada secar por meses. Ou seja, carne podre de tubarão.
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E aí? Pensando em virar vegetariano?
Pronta para o consumo, a iguaria desenvolve um cheiro de amônia tão forte, que os novatos são orientados a tapar o nariz antes de comer, senão é vômito na certa. Apesar de que, dizem, o gosto é bem razoável.
Boa parte dos islandeses passam a vida inteira sem comer o Hakarl.

Vinho de pênis de veado

Voltando à China, encontramos uma bebida que aqui no Brasil seria imortalizada pelos piadistas de plantão. O recipiente contém um licor forte, com um pênis de veado flutuando no meio.
A bebida foi proibida durante as Olimpíadas de Pequim, pois poderia conter substâncias que, se ingeridas por atletas, seriam detectadas no antidoping.
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Insira aqui sua legenda com a piada que preferir.

Sopa de ninho de pássaro

Ainda em terras chinesas, a sopa de ninho de pássaro confere aspecto juvenil e retarda o envelhecimento. Pelo menos é o que creem os chineses. Na verdade o ninho do pássaro em questão (Swiflet, não achei tradução) é colocado na panela para se aproveitar a saliva do bicho, que é o tal elixir.
Um ninho desses custa a bagatela de 22 dólares, em média. E não tem gosto, por isso é misturado com outro tipo de sopa.

Casu Marzu

Fechando nosso tour de “bom” gosto, aportamos na Itália, na região da Sardenha, onde encontramos alegres consumidores do casu marzu.
O casu marzu é um queijo feito de leite de ovelha, derivado de um outro tipo de queijo, o pecorino. Esta derivação é que é curiosíssima. Vai além da fermentação do queijo comum, tratando-se de decomposição. E a responsável por isso é a larva de uma mosca.
Receita de casu marzu: pegue um queijo pecorino, corte uma tampa e deixe aberto. Certifique-se que existem moscas no local para ali depositarem seus ovos. As larvas que ali nascem, com seus ácidos digestivos, consomem a gordura do queijo, e ele se torna de consistência cremosa. Um casu marzu pronto contém milhares de larvas.
O queijo é considerado tóxico quando as larvas morrem, então, o consumo é feito com elas vivinhas da silva! Isso mesmo. Para os que não querem comer as larvas (veremos abaixo que existem bons motivos para tal), a alternativa é colocar o queijo numa bolsa de papel vedada. As larvas, sedentas de oxigênio, começam a pular, e o saco faz como se fosse barulho de pipoca. Quando o barulho para, o queijo está livre delas.
O casu marzu é proibido na Sardenha, mas é encontrado no mercado negro. Um cuidado que a pessoa deve ter ao observar o queijo é que as larvas são bem ariscas e podem saltar até 15cm se incomodadas. Não raramente, se a pessoa não toma cuidado, podem aterrisar bem no olho dela.
Além disso, elas podem resistir ao trato digestivo humano se comidas vivas, e causar infecção intestinal (miíase entérica), cujos sintomas são náuseas, vômitos, dor abdominal e diarreia sanguinolenta.
Assista a um vídeo do preparo e abaixo do consumo do casu marzu:
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